segunda-feira, 18 de julho de 2011

GIR da Capital promove 1º Seminário de Cão Penitenciário

A capacitação reuniu também a Marinha do Brasil, Polícia do Exército, Polícia Federal, Grupo de operações com cães do Rio de Janeiro e Guarda Civil de Bragança Paulista.

A Escola de Administração Penitenciária “Dr. Luiz Camargo Wolfmann” (EAP) e o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) da Capital promoveram o 1º Seminário de Cão Penitenciário para servidores da Secretaria de Administração Penitenciária e convidados. Entre os dias 28 e 31/5, os profissionais de diversas unidades prisionais da Secretaria, juntamente com seus cachorros participaram de treinamentos específicos de atuação com cães de ataque. Também participaram corporações, como Marinha do Brasil, Polícia do Exército (2º BPE de Osasco), Polícia Federal de Campinas, Grupo de operações com cães (GOC) do Rio de Janeiro e Guarda Civil Municipal (GCM) de Bragança Paulista. O encontro aconteceu na Base Operacional do GIR, na capital paulista, que possui modernas instalações, além de espaço específico de canil.

Durante os dias de seminário, os 24 participantes e seus cães ficaram alojados no local, onde participaram de treinamentos de especialização na técnica de ataque denominada “Mondio Ring Sport” que, segundo o instrutor Jeferson Porto de Oliveira, consiste em desenvolver as capacidades dos animais, de acordo com o comando de seus respectivos condutores, levando-se em conta o preparo físico, a coragem e a obediência. “No método tradicional, o cão só morde na manga do treinador”, explica Oliveira.

Nesse método são desenvolvidas habilidades de ataque e imobilização, ideais para cães policiais, onde o animal pode efetuar a mordida em diferentes partes do corpo, o que proporciona melhores alternativas de imobilização. “O objetivo é aprimorar e unificar a forma dos condutores colocarem seus cães em atividade tática. O grande problema encontrado e que se tenta corrigir é a mordida do cão, para que seja forte e segura, sem a necessidade do cachorro morder em várias partes do corpo de quem deve ser imobilizado”, acrescenta.

A cerimônia de encerramento aconteceu na sede do GIR, onde os participantes receberam os certificados, entregues pelo comandante da corporação, Vanderlei César de Assis (Grupo de Intervenção Rápida – 4), da Coordenadoria dos Estabelecimentos prisionais de São Paulo e Grande São Paulo (CCAP) e pelos coordenadores de cursos da EAP, Fabiano Doretto Pagioro e Reinaldo Cruz Rodrigues. “Foi uma grande emoção para todos nós, porque nossas expectativas foram superadas. Confesso que fiquei especialmente satisfeito, por ter sediado esse encontro tão proveitoso os profissionais da SAP e das demais corporações que participaram do curso”, elogiou Assis.

O GIR
Com o aumento da população carcerária e a necessidade de se realizar, cada vez mais, revistas nas unidades prisionais, a SAP criou o Grupo de Intervenção Rápida (GIR), para dar apoio aos demais ASPs nas ações que exigem maior cautela e segurança. Esses homens atuam em motins, rebeliões, remoções internas de presos, localização de telefones celulares, drogas e outros objetos não permitidos no interior dos presídios.

Criado em maio de 2004, através da Resolução SAP 69, pelo diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba, Marcio Coutinho, o grupo atua com armamento não letal e usa munição de borracha, equipamentos de proteção balística, bombas de efeito moral, entre outros aparatos de contenção, que tornam o GIR um verdadeiro pelotão de elite dentro da SAP.

Para ingressar no Grupo é preciso, antes de tudo, ser Agente de Segurança Penitenciária (ASP) ou Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVP); ter aptidão, vocação, além de se submeter a rigorosos testes e treinamentos aplicados pela Escola de Administração Penitenciária, em parceria com a Polícia Militar.

Outra etapa da seleção inclui conduta ilibada, não apresentar registro de falta funcional e passar por um período experimental de seis meses, onde são permanentemente avaliados.

Célula de Intervenção Rápida
Fundamentada no trabalho desenvolvido pelo GIR, a Resolução SAP nº 155, instituiu as Células de Intervenção Rápida (CIR), no âmbito das unidades prisionais. São grupos menores (até seis componentes por turno) e seus integrantes atendem aos mesmos requisitos estabelecidos para os do GIR.

Participantes GIR SAP
Gilson dos Santos Soares
Renato Rudinei Botoni
Cristiano Alex Sampaio
Edo Luiz Contrera Rodrigues
João Paulo Pasquarelli
Marcelo Marques Vieira
Robson Ferreira Sulivan
Marcio Abdala
Aelson de Araújo
Cesar Augusto Lima
Rodrigo César Ferreira Benedito
Rodrigo Sérgio Decati
Ivanildo de Souza
Antonio dos Santos Filho
André Luiz da Silva
Gustavo Doto Duarte
Jarbas Ferreira de Lima

Coonvidados
Renato Antonio de Souza GCM Bragança Paulista
Pedro Aparecido Dalarme GCM Bragança Paulista
Criton Gonçalves de Melo Polícia Federal Campinas
Lucia Helena Pimentel Rangel GOC Rio de Janeiro Grupo de Operações com Cães
Alexander Penna dos Santos GOC Rio de Janeiro Grupo de Operações com Cães
Diego Corrêa Cantarin da Silva Marinha do Brasil
Renato Alexandre da Silva Marinha do Brasil
Juliano Farias de Oliveira 2º BPE de Osasco Policia do Exército
Augusto Guilherme Ferreira Irineu 2º BPE de Osasco Policia do Exército

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